Muda, UnB!
20 Aug 2020Muda, UnB!
Nas próximas semanas, começaremos a escolher reitor da nossa Universidade de Brasília (UnB) para o próximo quadriênio (2021-2024). E, por mais que me reste pouco tempo na UnB, o carinho e o orgulho que tenho da nossa universidade fizeram com que meu envolvimento nessa eleição fosse tão grande quanto na eleição anterior, ainda que naquela oportunidade, no já longínquo ano de 2016, eu ainda tivesse praticamente o curso todo pela frente.
Não tenho dúvida quanto às boas intenções de cada uma das quatro chapas. Seguramente, cada um dos candidatos têm um carinho especial pela UnB, torcendo e colaborando para seu melhor. No entanto, na iminência da consulta para a reitoria, quando alunos, professores e servidores exercitam seu senso crítico quanto aos processos da Universidade com a mesma veemência e energia que a defendem contra ataques de terceiros, nem sempre é possível concordar em qual direção a Universidade deve seguir, de forma em que se espera que o pleito seja uma disputa de visões, propostas e ideias.
Por isso, fiz questão de ouvir todos os candidatos. Me reuni virtualmente com cada um deles por mais de uma oportunidade, fazendo perguntas e participando de discussões quando necessário, assisti todos os debates e acompanhei a divulgação de propostas de todas as chapas nas redes sociais, inclusive acessando os sites de campanhas para ler e conhecer detalhadamente o programa de cada uma delas.
Embora cansativo, todo esse ciclo foi recompensador ao me ajudar a entender melhor cada candidatura, permitindo que extrapolasse o “o quê?” (seria feito caso cada chapa fosse eleita, as propostas propriamente ditas) para entender, também, o “como?” (cada proposta será implementada) e o “por quê?” (da proposta), o que certamente fez com que eu mudasse de opinião ou enxergasse com novos olhos algumas propostas e ideias. Mas, acima de tudo, o maior resultado desse ciclo foi renovar minha convicção de quê a UnB precisa, urgentemente, de mudar para se tornar a Universidade que nós desejamos.
Obviamente, não é possível se ter certeza de resultados a partir de apenas ideias, mas eu sempre preferirei dar uma chance para que ideias ambiciosas e realistas sejam executadas à renovar por mais 4 anos o marasmo e o deserto de ideias da gestão atual, independentemente dessas ideias serem norteadas pela visão pragmática de UnB do Prof. Virgílio e Profa. Suélia, da UnB empática da Profa. Fátima e Profa. Elmira ou da UnB moderna do Prof. Jaime e do Prof. Gilberto.
Por que a UnB precisa mudar?
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Porque a UnB Merece Excelência Acadêmica de Verdade
Ainda que a UnB despenque na maioria dos indicadores de qualidade acadêmica, a gestão atual, capitaneada pela Profa. Márcia, recorre ao Cherry Picking, apontando melhoras em poucos indicadores individuais como se fossem a tendência geral, reinvindicando sucesso. Por outro lado, as candidaturas lideradas pelos Profs. Virgílio, Fátima e Jaime não somente reconhecem a assustadora queda da UnB, mas apresentam propostas de intervenção concretas, englobando mudanças nas estruturas de ensino e pesquisa.
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Porque é inconcebível que a Extensão seja o Patinho Feio do Tripé Universitário
O sistema atual de projetos de extensão é burocrático, limitado e institucionalmente frágil, gerando um cenário onde docentes tem pouco incentivo e reconhecimento para se envolverem em projetos de extensão, o credenciamento para a concessão de créditos é extremamente burocrático e limitado, incapaz de abranger sequer formatos clássicos de extensão, como projetos continuados e extensões gerenciadas exclusivamente por alunos. Mais do que isso, Centros Acadêmicos, Atléticas, Equipes de Competição e Seções de Organizações Internacionais têm dificuldade de atender aos requisitos para se relacionar formalmente com a Universidade, ficando numa zona cinzenta de reconhecimento, o que acaba sendo traduzido numa institucionalização frágil, comprometendo sua atuação perante à Universidade e à Comunidade, bem como dificultando a arrecadação de recursos de outras fontes. Se, de um lado, essa área avançou muito pouco na gestão da Profa. Márcia, sua rediscussão, ampliação e universalização, oferecendo suporte e removendo as barreiras atuais, surgiu como um compromisso de todos os candidatos de oposição, assumindo protagonismo nas campanhas do Prof. Virgílio e do Prof. Jaime.
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Porque a UnB merece que sua identidade seja traduzida em uma Cultura Comunitária
Ao longo de sua história, a Universidade de Brasília foi protagonista na luta pela Democracia no Brasil e formou centenas de milhares de profissionais qualificados e incumbidos de cidadania que causaram não só transformações técnicas, mas também sociais. Apesar disso, a memória da Universidade fica restrita aos nomes de prédios no campus, os ex-alunos são mantidos distantes da Universidade, e a relação da Universidade com seus alunos é fria e meramente institucional, desperdiçando um enorme potencial e gerando reflexos na saúde mental dos estudantes.
A UnB merece que sua identidade seja traduzida em uma cultura comunitária, valorizando, reforçando e promovendo nossos valores democráticos, celebrando a diversidade, resgatando a história de nossa universidade, ampliando a interação com o Alumni e passando a reconhecer e valorizar feitos de alunos e ex-alunos, criando um ambiente positivo e compreensivo, visando fazer com que a comunidade acadêmica se sinta incentivada, respeitada e tenha seu bem-estar garantido.
Enquanto nos últimos 4 anos nenhum avanço foi feito nesse sentido - ao contrário, podemos argumentar, que a Universidade optou por se transformar em ainda mais fria ao substituir o diplomas físicos, uma das poucas recordações que o aluno, após 5 anos de curso, levava da Universidade, por diplomas digitais -, o desenvolvimento de uma cultura comunitária é uma das principais plataformas da campanha da Profa. Fátima, tendo suscitado, também, inúmeras propostas no programa do Prof. Jaime.
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Porque a UnB precisa tratar Inovação como prioridade
Ainda que produzir inovação seja não somente uma das funções da Universidade, mas também uma potencial fonte de receita e forma de manter pesquisadores atualizados com as práticas de mercado, a inovação foi colocada em último plano nos últimos quatro anos. No quesito inovação, a UnB não somente involuiu no desenvolvimento tecnológico, chegando ao absurdo de não ter apresentado sequer uma patente que tenha recebido uma única citação ao longo de ano de 2019, contra 35 em 2016, como também descontinuou iniciativas que promoviam inovação por meio da prática de empreendedorismo nos campi.
De forma tão simbólica quanto literal, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), outrora sede de iniciativa empreendedoras, substituiu a inovação das start-ups de alunos incubadas pela burocracia de um anexo da Reitoria durante a gestão da Profa. Márcia, cujas propostas para inovação ocupam 1/3 de página em uma folha A4. Nesse sentido, as três chapas de oposição apresentam linhas de ação tangíveis para tratar a inovação como prioridade, sendo este um dos principais eixos da candidatura liderada pelo Prof. Virgílio, contando com mais de uma dezena de propostas de ação, e motivando uma série de propostas ambiciosas pela chapa do Prof. Jaime, que passam não só pelo resgate das funções originais do CDT e do Parque Tecnológico da UnB, mas também por uma pioneira transposição do conceito de cidade inteligente para os campi.
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Porque chegou a hora de substituir o engessamento por dinamismo
Por mais que a UnB tenha acelerado seus processos ao fazer a transição de processos físicos, em papel, para processos digitais, ao longo das últimas duas gestões, esse avanço foi tímido e não resolveu o problema do excesso de burocracia, que faz com que procedimentos simples sejam lentos e engessados. Mais do que isso, mesmo na ausência de requisitos burocráticos, a própria administração superior se comportou de forma morosa na tomada de decisões importantes relacionadas à Pandemia de COVID-19, tanto na tomada de decisão de suspender as aulas, que ocorreu mais de um dia após o decreto do Governador, fazendo com que milhares de alunos, vários dependentes do transporte público, tivessem que se deslocar para encontrar um campus sem luz, graças à um corte no abastecimento causado por inadimplência no pagamento da conta de energia, como também na discussão quanto ao retorno das atividades, onde a Universidade postergou ao máximo possível a discussão sobre ensino virtual, levando incríveis três meses para consultar os alunos quanto seu acesso à tecnologia e unidades acadêmicas quanto à viabilidade de virtualizar cada disciplina por meio de um simples formulário, e aprovando um calendário de retomada de atividades pouquíssimo discutido as pressas, tentando legitimá-lo sob o pretexto de aprovação unânime, ainda que diversos representantes do CEPE tenham optado por se abster da votação, dado que não houve discussão suficiente.
Em meio a um cenário cada vez mais incerto, é fundamental que a Universidade esteja representada por pessoas capazes de responder de forma dinâmica à novos cenários, compromisso defendido pelas chapas do Profs. Jaime e Gilberto e das Profas. Fátima e Elmira, bem como é crucial que os processos internos sejam redesenhados, visando garantir celeridade e dinamismo sem comprometer o caráter democrático e assertividade na tomada de decisões, demanda englobada na plataforma de governança do Prof. Jaime.
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Porque a Universidade precisa se aproximar do Setor Produtivo
A relação da Universidade com o Setor Produtivo é parte importante do processo de produção do conhecimento, garantindo não somente um intercâmbio de conhecimento que permite que Professores e Alunos estejam atualizados quanto às habilidades requeridas e as práticas mais modernas do mercado, mas também corresponde à uma das formas de aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na Universidade, funcionando, ainda, como uma potencial fonte de arrecadação de recursos. Apesar disso, a colaboração científica entre a UnB e o Setor Produtivo segue num patamar inexpressivo e, para piorar, vem caindo ano a ano. Da mesma forma, a UnB perdeu parceiros importantes, como a Autotrac, que não entrou em acordo para renovar o contrato de colaboração, após mais de 10 anos funcionando dentro do campus.
Mais do que isso, iniciativas que poderiam incentivar o fortalecimento patrimonial da Universidade em meio à parcerias com o setor produtivo, como o Programa Parceiros da UnB, não ganharam tração o suficiente. Enquanto a gestão da atual presenciou inerte o enfraquecimento da UnB perante ao setor produtivo, em suas campanhas, as chapas lideradas pelo Prof. Jaime e pelo Prof. Virgílio, endereçam esse problema e propõe linhas de ação para recuperar a posição da Universidade com relação ao setor privado, expandindo as colaborações.
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Porque Desculpas e Revanchismo não resolvem problemas
Historicamente, duas grandes frentes políticas disputam o poder na UnB. E, num contorno quase Shakesperiano, os Montéquios e Capuletos da UnB se revezam no poder, gerando, de certa forma, um imagem de rivalidade eleitoral. E ainda que eu não veja nenhum problema nesse arranjo, salutar da Democracia, ele passa dos limites aceitáveis e se torna negativo quando começa a funcionar como desculpa para a realidade da Universidade.
Ao longo de toda sua gestão e dos dois debates eleitorais, a Profa. Márcia, digamos, uma Montéquio, abusou desse artifício, justificando qualquer resultado desfavorável ou promessa descumprida como consequência da qualidade da herança deixada por seu antecessor, um Capuleto, chegando ao ponto de dizer, em tom interpretado como acusatório, que duas das chapas adversárias representavam a gestão dos Capuletos durante um dos debates, gerando imediatamente pedidos de direito de resposta.
Num momento tão crítico, é crucial para nossa Universidade que o próximo reitor esteja consciente de que desculpas e revanchismo não vão solucionar os problemas presentes na UnB e, ao contrário, servirão apenas como ferramentas de diversionismo e aumento da polarização, restando, portanto, ao novo reitor olhar para frente e apresentar soluções, ao invés de para trás para buscar responsabilizações. Nesse sentido, as candidaturas da Profa. Fátima e do Prof. Virgílio naturalmente se sobressaem, já que ambos não tem histórico de participação nem em gestões Montéquias e tampouco em gestões Capuletas, mas destaca-se também a postura serena e madura do Prof. Jaime, que ainda que seja - e não faça questão de esconder - o legítimo representante Capuleto, vem pautando sua campanha em construir sua própria plataforma, valorizando sua experiência na gestão dos Capuletos, mas se abstendo de colocar a culpa dos problemas que enfrentou na gestão Montéquia anterior, da qual na Profa. Márcia foi protagonista, tendo ponderação, ainda, para reconhecer e manter alguns dos acertos da gestão da Profa. Márcia, como a melhoria na segurança no campus Darcy Ribeiro.
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Porque os Problemas de Estrutura não se resolvem somente construindo prédios
Ao lado da segurança, em termos concretos, possivelmente os maiores avanços da gestão da Profa. Márcia vieram na infraestrutura, com a construção de quatro novos prédios ao longo do mandato. Apesar disso, a infraestrutura continua sendo um dos problemas mais críticos da Universidade. Com uma infraestrutura da década de 1960 para uma Universidade que se aproxima de 50 mil alunos, faltam espaços de estudo para os estudantes, que frequentemente tem de estudar no chão ou se locomover longas distâncias em buscas de espaços de estudo, geralmente disputados com concurseiros, assim como espaços de convivência, de forma em que não é raro se ver estudantes almoçando sentados no chão ou em pé, assim como os espaços físicos dos Centro Acadêmicos lotados no intervalo entre as aulas. Mais do que isso, as instalações físicas dos prédios já existentes também sofrem, com instalações elétricas mal dimensionadas, que por vezes sequer suportam que todos os aparelhos de ar condicionado sejam ligados ao mesmo tempo, tomadas e filtros sem funcionar, espaços vulneráveis à alagamentos, salas e laboratórios que são feitas de forro e sem laje, quentes e sem alvenaria. Ainda, pior, no entanto, é o estado dos laboratórios e das disciplinas práticas, recheados de equipamentos completamente ultrapassados, em péssimo estado de observação, ou até mesmo em falta.
Ainda que os prédios novos tenham sido certamente bem vindos, eles por si só estão longe de resolverem o problema de infraestrutura da Universidade. Mais do que isso, será que, num contexto com falhas estruturais tão graves, ainda que exista uma inerente falha de espaço, cabe-se questionar a prudência em empenhar recursos na construção de novos prédios em detrimento da manutenção das demais estruturas e, sobretudo, da modernização dos equipamentos e materiais das atividades laboratoriais e práticas. É razoável, também, questionar se essa decisão trará, efetivamente, um impacto maior para a vida cotidiana do estudante, do que investimentos em tecnologia, que permitiriam que as disciplinas fossem adaptadas para refletir as práticas mais modernas da indústria e do mercado de trabalho. Enquanto a gestão atual decidiu atacar os problemas estruturais sob a ótica de construir novos prédios, boa parte das demais campanhas propõe soluções em todas as frentes para os problemas estruturais, tendo sendo discutido de forma destacada pela chapa do Prof. Jaime ao longo da campanha, mas também integrando a agenda de propostas da chapa comandada pela Profa. Fátima.
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Porque Diálogo não pode ser à gosto
Se o diálogo foi uma das principais plataformas da atual gestão na última campanha eleitoral, estando presente, inclusive, no nome da chapa eleita, Diálogo para Avançar, na prática ele esteve ausente em boa parte da gestão. A comunidade foi alijada do debate em meio à decisões importantes, como a migração, em plena Pandemia, do Matrícula Web, sistema que, embora tivesse suas falhas, era conhecido pela comunidade e vinha funcionando de forma adequada, para o SIGAA, um sistema baseado em JSF, uma tecnologia legado, com interface gráfica que emula páginas do século passado e que já havia sido recusado em um par de oportunidades pela gestão anterior, que, de forma não surpreendente, apresentou uma série de falhas básicas, erros graves e problemas de funcionamento, tendo sido rejeitado, de acordo com enquetes recentes, por mais de 90% dos alunos.
Da mesma forma, decisões importantes tomadas nos Conselhos Superiores, sobretudo em temas polêmicos, como o aumento do preço do RU e a retomada das atividades durante a Pandemia, não necessariamente estiveram em consonância com a opinião da comunidade, que também não foi consultada de nenhuma outra forma, apenas representada pelos seus representes apontados nos Conselhos Superiores, conforme prevê a legislação da Universidade. O diálogo não foi farto sequer em termos de relações institucionais, com a reitoria recebendo a gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), eleita pelos estudantes com intuito de representá-los, em apenas duas oportunidades ao longo de um ano inteiro, talvez por (des)afinidade ideológica.
Aparentemente, todas as outras três candidaturas reconhecem que, em uma Universidade com o tamanho e o peso histórico democrático da UnB, o diálogo é essencial e não pode ser realizado à gosto, somente quando se concorda com a outra parte. Nesse sentido, não somente a campanha do Prof. Virgílio e da Profa. Suélia, cujo principal mote de campanha foi de uma UnB apartidária, que dialogue com todos, mas as campanhas das Profas. Fátima e Elmira e dos Profs. Jaime e Gilberto se mostraram extremamente comprometidos em dialogar com todos.
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Porque a Universidade precisa ter interlocução com o Governo
Por seu papel de protagonismo na sociedade, a Universidade de Brasília precisa ter maturidade em sua relação com as entidades Governamentais, sendo capaz de defender seus interesses e de pautar, tanto na esfera distrital como na federal, as discussões relacionadas ao ensino superior. No entanto, ao longo da atual gestão, a UnB se fragilizou no trato com o Governo, tendo sua atuação reduzida à combater os inúmeros ataques sofridos ao longo da calamitosa gestão Weintraub. Mais do que isso, o relacionamento tenso tanto com o Ministério da Educação e com o Governo do Distrito Federal, combinado com o pouco trânsito nas Câmaras Legislativa e dos Deputados e com a incapacidade de articulação deixaram a UnB limitada à coadjuvância.
Sabendo que o cenário que se encaminha para os próximos anos é ainda mais adverso que o atual, tanto em termos orçamentários quanto com relação às consequências permanentes da Pandemia de COVID-19, a UnB não pode prescindir de resgatar seu protagonismo, assumindo um papel proativo no debate sobre educação superior ao longo dos próximos anos, sendo capaz de defender seus próprios interesses com altivez, por meio do fortalecimento da interlocução com as instituições governamentais. Essa compreensão parece ter sido comum às três Chapas de Oposição, que contemplam mudanças no relacionamento da UnB com os entes Governamentais, divergindo apenas quanto à forma: Enquanto a Chapa Unifica UnB, encabeçada pelo Prof. Virgílio, defende um relacionamento balizado apartidarismo e independência, a Chapa Tempo de Florescer, liderada pela Profa. Fátima, advoga por uma que postura mais ativa e que seja capaz de conciliar o caráter propositivo com combatitividade, enquanto a Chapa A UnB pode MUITO apresenta uma visão pautada em moderação, diálogo e autonomia.